Zach Myers fala sobre o single 'Get Up' e passado da banda

Em recente entrevista ao Two Doods Reviews, Zach Myers falou sobre o novo single, 'Get Up', momentos difíceis passados ao lado do vocalista, Brent Smith, o lado obscuro do álbum 'Amaryllis' e alguns aspectos de ser um músico em turnê.

Sobre o novo single da banda, Get Up, que foi inspirado pela batalha contra a depressão do baixista Eric Bass:

Nós começamos a escrever da mesma maneira que sempre fazemos e quando 'Get Up' apareceu isso meio que abriu essa porta. As músicas do Shinedown sempre são muito verdadeiras e isso é algo que nós nos orgulhamos, mas ao mesmo tempo eu não sei se já escrevemos sobre uma ferida aberta assim, quer dizer, falar sobre nós mesmos e alguém tão próximo da banda. Sempre escrevemos sobre nós mesmos, mas dessa vez pareceu diferente. Foi pessoal como se estivesse desistindo de sua ambiguidade de quem você é mesmo. Você sempre tenta se sentir invencível de certa maneira, mas com isso, quando as letras surgiram, realmente pareceu tudo bem escrever sobre qualquer coisa. Acho que esse foi meio que um ponto de partida pra onde o álbum iria... Todos na banda tem algo que é preciso lidar. Não querendo ser brega sobre isso, mas é a verdade. Eu acho que é meio de onde a música veio e isso acabou colocando o álbum em um caminho até o fim.
Sobre as lutas no passado do vocalista Brent Smith:

Ele engordou em 2008 e durante todo o ano de 2010, ele estava bebendo muito nessa época. Para nós passarmos por isso foi, estranho, foi o nosso maior álbum. É muito estranho a maneira que aconteceu, mas na época que estava acontecendo, tudo parecia bom. O pior para mim foi em 2006 e 2007. De 2008 a 2010, ele estava bebendo muito e foi um pouco duro para nós... Estávamos praticamente assistindo aquilo acontecer - assistindo o acidente de carro em câmera lenta. Então, 'Amaryllis' aconteceu... Foi um álbum muito obscuro de se fazer, por isso muitos de nós não gostamos de falar muito dele... A criação desse álbum não foi divertida para ninguém envolvido. É um lugar estranho de estar... as pessoas dizem que "grande sofrimento faz uma grande arte", mas eu gostaria que não fosse assim. Antes da turnê de 'Amaryllis', nós iriamos nos sentar e ter uma reunião de 30 minutos. Estávamos no caminho para os ensaios e íamos ter uma reunião de 30 minutos, e isso acabou sendo uma reunião de 6 horas. Foi tipo 'Some Kind Of Monster' do Metallica, nós meio que gostamos de deixar tudo sair, chorar e gritar um com o outro. Foi muito profundo e reflexivo... nunca foi malicioso... Às vezes quando você tem conversas assim, acontece de você falar algo sobre alguém e então, ela vir e dizer "Bom, você fez isso"... Mas não foi assim, todos deixaram as pessoas falarem o que tinham a dizer e depois tiveram a vez de falar o que precisavam dizer. Acho que esse foi o catalisador... Depois disso, tem sido tranquilo viajar.
Sobre o aspecto mais difícil de ser um músico em turnê:

Estar sozinho é uma... É muito bom na nossa banda, porque estamos em um nível que, se quiséssemos ter nosso próprio ônibus, poderíamos facilmente. Nós quatro sempre andamos juntos, provavelmente sempre iremos! Realmente gostamos muito disso, isso provavelmente nos deixa menos solitários. Nós nos damos bem, gostamos muito de estar perto um do outro, mas isso não muda o fato de que temos filhos e esposas. Agora, para mim, é difícil, porque eu tenho um filho de dois meses, então minha esposa não vem conosco. Quando ela vem,  eu pego um ônibus só para nós, um ônibus de família, é muito divertido! Brent vem comigo no ônibus ou vai em um antes com seu filho. A família de Barry já foi embora. A esposa do Eric também. Essas são coisas que você sente falta. Ver a família de Barry vir por dois dias e então ele ter que dizer adeus... Ele tem uma filha de 7 anos de idade. Essas coisas são duras, mas ao mesmo tempo, sabemos porque estamos fazendo isso. Nos divertimos aqui. Minha esposa me acalma muito. Vou ser franco, eu não consigo mais fazer isso. Minha esposa diz '"Escute, você sabe que está fazendo isso porque você ama e está cuidando da sua família.'" Ela é uma santa, isso me ajuda muito.
Sobre a banda "encontrar o seu caminho":

Às vezes isso demora um tempo... Acho que nós eramos uma banda totalmente diferente em 'Sound of Madness' do que éramos nos dois primeiros álbuns. Eu acho que 'Sound of Madness' foi quando paramos e descobrimos o que deveríamos estar fazendo.