Atlantic Records realiza entrevista exclusiva sobre a história do Shinedown com Brent Smith

Em entrevista exclusiva ao site da Atlantic Records, o vocalista Brent Smith, relembra a história de como surgiu o contrato para fazer parte da gravadora e por fim criar o Shinedown. A história é realmente interessante e Brent nos dá detalhes sobre como tudo isso aconteceu.

Confira a tradução: 
Com mais de 6 milhões de álbuns vendidos no mundo todo, o vocalista do Shinedown e principal compositor, Brent Smith, sabe de uma ou duas coisas sobre a chave para ser um artista de sucesso. Confira a nossa entrevista exclusiva com Brent e aprenda mais sobre sua jornada como artista, compositor e vocalista de uma das bandas mais bem sucedidas do Rock.

Entrevista realizada por Jonah Bayer

A parceria entre o Shinedown e a Atlantic Records, tem sido incrivelmente inovadora a partir da sua presença na mídia social, sendo a primeira banda a lançar um livro interativo para tablets. É algo que você está orgulhoso?
Bem, na medida em que a Atlantic Records está interessada, eles sempre estiveram à frente de garantir o desenvolvimento do artista, a chave não é nada mais do que a equipe da Atlantic Records. Quando o nosso e-book saiu há dois anos, as pessoas estavam dizendo "O que é isso exatamente?" porque era uma nova forma interativa de olhar para o álbum e conhecer a banda. Agora os artistas estão fazendo esse tipo de coisa o tempo todo, por isso é apenas sobre estar à frente e nunca dizer: "Eu não acho que nós podemos fazer isso". É mais sobre "Por que não podemos fazer isso?"

Algumas coisas caem bem em você também. Você parece aberto para tentar coisas não provadas como uma banda. 
Com toda a honestidade, logo antes do Amaryllis ser lançado, eu estive no ponto onde fiquei como "Isso não vai desacelerar". No fundo da minha mente, eu queria manter a banda misteriosa. Eu não queria olhar para todos os sites que estavam surgindo ou ver como a tecnologia estava crescendo. Eu queria ser o homem por trás da cortina e manter uma mística sobre a banda. Então, eu comecei a pensar que era uma espécie de egoísmo. Por que você não quer utilizar os novos caminhos e estradas que estão sendo pavimentadas se, como um artista, você quer que o mundo saiba quem você é e ouça a sua música? Então, na medida em que a tecnologia está crescendo, estamos sempre procurando a próxima coisa que vai ajudar o nosso público saber mais sobre a banda. Nós não fugimos disso, nós o abraçamos.

Você poderia falar um pouco sobre sua história com a Atlantic? 
Steve Robertson e eu desenvolvemos o Shinedown – e Craig Kallman foi uma grande parte disso também. Steve era o A&R do Shinedown desde o ínicio; ele assinou um contrato de gravação com outra banda para mim, há 15 anos. Para encurtar a história, a banda não deu certo e fomos retirados. Ele me deu uma chance, me levando de volta para Craig Kallman e disse: "Eu acho que há algo com esse vocalista. Eu acho que ele é um compositor e precisamos colocá-lo em uma posição e eu gostaria de desenvolver as coisas". Kallman respondeu de volta e basicamente disse que gostaria de desenvolver uma nova banda.

Então, isso é o que essencialmente aconteceu. Eu fui chamado de volta e eles perguntaram se eu gostaria de assinar com a Atlantic, como um acordo de desenvolvimento de artista. Eu não sabia o que era, mas era uma segunda chance para mim com a Atlantic Records. É uma história tão longa e eu não quero falar muito sobre isso, mas eu tenho que dar muito crédito para Steve Robertson, porque ele acreditou em mim desde o primeiro dia. Eu também tenho que dar muito crédito para Craig Kallman, porque ele olhou para Steve e disse: "Você realmente acredita no garoto, não é?". Eu nunca teria conhecido todos os caras que se tornaram parte do Shinedown, como Barry Kerch, Zach Myers e Eric Bass. E isso é verdadeiramente quem é o Shinedown. Levou 15 anos para chegar aqui, mas isso é o que somos -  sem citar os últimos membros como Nick Perri, Jasin Todd e Brad Stewart.

"Se você não tem as músicas ou o material, não vai funcionar. Com toda honestidade, as músicas são o mais importante."

Que conselho você recebeu quando foi re-contratado?
Me lembro de Steve dizer: "Você vai escrever várias músicas - você vai ter que fazer isso, porque você precisa de experiência". No início, ele me colocou com todos que ele podia e eu comecei a aprender a arte da composição, e desenvolvi meu próprio estilo com a banda, que se tornou essencialmente o Shinedown. Quanto ao A&R, o desenvolvimento do artista é realmente crucial quando se trata de música, porque se você não tem a música, então você não tem nada com que trabalhar. Você pode ser talentoso e de boa aparência, e está tudo bem, você quer estar no topo de seu jogo quando você está se apresentando ao mundo, mas se você não tem as músicas ou o material, não vai funcionar. Com toda honestidade, as músicas são o mais importante.

Isso é realmente inspirador e eu tenho certeza que não é a típica história quando se trata da maioria das pessoas na sua posição.
Eu sei como é ter contrato e sei como é ter tido uma segunda chance – eu só posso contar com a minha experiência. É uma parceria, na medida que o Shinedown e Atlantic Records estão interessados. Não dizendo nada negativo sobre outras gravadoras, mas no final do dia, eu não estaria em nenhuma outra gravadora e não queria estar. Eu sonhei em estar na Atlantic Records desde meus 10 anos de idade. Minhas grandes influências foram Otis Redding, Led Zeppelin, Aretha Franklin e toda a soul music, e o Ahmet Ertegun [fundador e presidente da Atlantic] foi responsável por encontrar várias desses artistas.

O que você acha que separa a Atlantic das outras gravadoras?
Primeiramente, Ahmet Ertegun começou empresariando os artistas e eu acho que isso separa as gravadoras de todas as outras – eles realmente se preocupam com o desenvolvimento do artista e sabem como apresentá-los ao mundo. Eu tive a honra de conhecer o Ahmet e cantar para ele em seu escritório, há mais de 15 anos. Ele ainda vive naquele escritório hoje, de alguma forma. Para mim, pessoalmente, a herança da Atlantic Records e o que Ahmet colocou aqui, está aqui hoje por uma razão. Ahmet acreditava no desenvolvimento do artista, ele os procurava no mundo para desenvolvê-los.

Houve momentos, quando eu era muito jovem e pensei que estava pronto para seguir. Às vezes eu queria ficar como "Vamos embora agora, eu quero ir para a estrada, escrevi músicas suficientes" e as pessoas que estavam trabalhando comigo ficavam como "Se acalma, relaxe, não estamos nesse ponto ainda. Vamos ter certeza de que temos tudo que precisamos antes de irmos, porque uma vez que formos, estaremos lá."

Uma das maiores coisas que a Atlantic fez por mim, foi conseguir com que minhas músicas fossem tocadas nas rádios. Eles sabiam como iríamos mostrar ao mundo quem o Shinedown era. Mas, a fim de tê-las tocadas na rádio, você realmente tem que ter ótimas músicas. Isso que foi aos poucos me ensinado desde o primeiro dia na Atlantic: as músicas tem que ser ótimas ou nenhuma das outras questões importam..