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À primeira vista, Shinedown parece ter tudo - seu último álbum, Amaryllis vendeu 106 mil cópias em sua primeira semana, eles estão atualmente em turnê com o KISS e estão planejando um outra turnê do Carnival of Madness nos EUA e logo após esta turnê, eles irão para a Europa, Estados Unidos e Canadá, e como algumas vezes, com shows esgotados e eles parecem ser verdadeiros e simpáticos. Tivemos a oportunidade de conversar com eles antes do show em Kelowna, BC e podemos dizer isso - eles são verdadeiros e simpáticos, e como trabalham duro, eles têm tudo... e não conseguiram apenas com o dom adquirido.
nMC: Todos os quatro membros da banda (Zach Myers, Barry Kerch, Eric Bass e Brent Smith) colocam sua melodia nas partes de suas músicas, mas algum de vocês também participam da composição das letras ou isso é apenas com Brent?
Brent Smith: No Amaryllis sim - Eric me ajudou muito em I’ll Follow You. A canção foi essencialmente construída em torno da parte de piano que Eric trouxe, então ele me ajudou com as letras. Nós nos divertimos escrevendo essa música.
Em Bully, Zach me ajudou com as letras, ele e eu escrevemos juntos. Eric também participou em Enemies. Eu sempre vou colocar pressão em mim, mas com este álbum (Amaryllis) eu tinha os outros caras em volta, por isso não havia sentido em me trancar em uma sala e apenas tentar fazê-lo sozinho, porque eu queria saber o que eles achavam sobre as histórias que foram sendo desenvolvidas. Eles tinham tanto direito de me dar opinião como qualquer um, porque todos nós estamos na banda juntos.
nMC: A lenda do Amaríllis é um mito romântico grego. Como vocês escolheram o nome para o álbum?
Brent Smith: Houve um dia, quando tínhamos mais ou menos 20 músicas para o álbum (eles escreveram 33 músicas para o álbum). Cerca de 20 músicas, nós meio que quebramos a cabeça... não é realmente o bloco dos escritores, nós não queremos refazer o mesmo assunto. Nós demos um ao outro a lição de casa - ir à praia, ir à biblioteca, basta fazer algo diferente por um tempo longe uns do outros. Voltamos e me deparei com esta flor (a Amaryllis) através de pesquisa na internet.
Algumas pessoas a chamam de 'Belladonna' ou 'Naked Lady', mas não é isso que tomamos a partir disso. Amaryllis é esta flor incrivelmente bela, que cresce no deserto e da época do ano cresce, há pouca vegetação crescendo em torno dela... portanto, não há explicação muito de como ela pode crescer e como ela cresce forte e bonita. Esse era o tipo de simbolismo que queríamos - através da adversidade que você cresce e deixa a sua Amaryllis florescer. Não necessariamente uma metáfora, mas usando um elemento que você realmente não vê no Rock 'n' Roll. Esta flor era realmente um símbolo de orgulho e perseverança.
nMC: As músicas do Shinedown são cheias de angústias, mas sempre tem um ar de esperança sobre elas também. É difícil escrever algo como isto?
Barry Kerch: Bem, eu acho que é apenas a maneira como vivemos ou como nós estamos quando escrevemos as músicas. Tudo o que foi escrito ou falado em um álbum, desde o início do Shinedown até agora, é um reflexo do que vimos, passamos por ou o que as pessoas ao nosso redor passaram. O Shinedown como um todo, tem tido sempre a superação, tem sido como se levantar e levantar as pessoas ao seu redor. Apoiar as pessoas ao seu redor. Eu acho que se reflete nas músicas. É por isso que uma música mais agressiva como Bully ainda tem uma mensagem positiva por trás dela, apesar de seu assunto triste. Não fazemos sempre de forma intencional, mas é apenas a maneira de como nos sentimos diariamente. Estamos sempre tentando levantar uns aos outros, a nossa equipe e aqueles que nos rodeiam. Somos pessoas bastante positivas, mesmo quando estamos tendo um dia ruim.
(qualquer pessoa que seguir a banda no Twitter pode atestar isso)
nMC: Vocês são bem abertos (nas mídias sociais) sobre sua fé - você acha que a sua fé é parte do que mantém tudo isso junto?
Brent Smith: Todo mundo na banda tem uma opinião diferente sobre religião. É um tema que nós não temos vergonha, mas não trazemos muito à música. Eu acredito em Deus porque... tem que haver um Deus. Fé conosco é... nenhuma das músicas tem alguma coisa que tem a ver com espiritualidade. Nada a ver com Deus, Cabala, Cristianismo ou Cristo. Nada disso é construído em qualquer tipo de espiritualidade. Na medida em que a banda está, todos nós temos nossas crenças e aquilo que vivemos no dia a dia.
nMC: Embora a letra de 'Unity' chega a ser uma exceção - dependendo do jeito que você interpretar.
Brent Smith: Absolutamente.
Barry Kerch: A coisa legal sobre a música é que todo mundo vai puxar algo diferente a partir dela.
Zach Myers: Eu estava comentando sobre isso - Eu não quero saber sobre o que Hallelujah fala... Eu realmente não quero saber. É uma das minhas músicas favoritas de todos os tempos, e eu não quero que ninguém me diga sobre o que essa música é porque eu tenho a minha própria interpretação.
Eric Bass: Brent e eu estávamos conversando sobre isso ontem à noite também... sabíamos que poderíamos olhar para a música que estávamos falando na internet, mas "Eu realmente não quero saber sobre o que é", nós dois dissemos.
Barry Kerch: Estamos muito espirituais, pessoas positivas, mas nós apenas mantemos isso fora das músicas.
Eric Bass: Esta é apenas a minha opinião pessoal, a sua espiritualidade ou a sua fé é algo que ajuda a mantê-lo centrado e a passar pelas coisas na sua vida na esperança de algo positivo e isso é que é importante.
nMC: A banda tem um novo visual - os cabelos compridos e delineadores foram substituídos por ternos, gravatas e um olhar mais elegante. Zach (Myers) disse no Twitter uma noite que "não temos mais 19 anos de idade" e que foi uma decisão conjunta da banda - me diga sobre isso.
Barry Kerch: Foi definitivamente uma decisão da banda. Nós sempre temos conversas sobre o que estamos fazendo no palco e onde estamos como uma banda.
Zach Myers: Eu acho que estamos em um outro momento agora também, que sabemos o que queremos ser lembrado por. Todos nós fizemos piadas no outro dia das fotos que olhamos de nós mesmos no passado - e qualquer outra coisa que olhamos, pelo menos um de nós ficamos como: "O que eu estava vestindo?! Eu não posso acreditar que eu usava isso!" Eu só acho que este é um olhar com mais classe e mesmo se não estivermos com ternos e gravatas, estamos ficando mais velhos e queremos que seja divertido para o nosso público.
Barry Kerch: Você nunca vai olhar para trás daqui a 20 anos (na internet e fotos) e ficar louco porque você usou aquele terno. Estaremos louco por usar aquelas calças de bolinhas cor de rosa.
Zach Myers: (rindo) E o casaco de pele vermelho!
Eric Bass: Eu fiz isso! Eu gostei da pele.
Brent Smith: E para ser honesto com você, eu não quero ver uma jaqueta de couro preta nunca mais. Nunca, nunca mais.
(risadas)
Zach Myers: Nunca. Eu acho que ele jogou fora todas as suas jaquetas de couro preta.
nMC: Vocês acha que seus fãs estão mudando com vocês ou eles estão tentando segurar o Shinedown mais velho?
Todos: Os dois.
Eric Bass: A maioria das pessoas. A banda tem crescido muito ao longo dos últimos anos, muitas pessoas olham para o Shinedown e não sabem que existia outra coisa. Isso é bom, não tira nada de ninguém que estava aqui antes.
Brent Smith: Eu acho que ultimamente - independente deles terem conhecido a banda no primeiro dia ou apenas na semana passada - eles devem entender pelos menos a minha perspectiva, de que a banda não existiria sem o Eric ou o Zach. Eu e o Barry começamos a banda há uma década, mas a banda por si não 'seria'. E eu consigo dizer isso honestamente - Nós existimos porque vivemos em um grupo no dia a dia, temos uma quantidade imensa de respeito uns pelos outros. Todos nós temos um ego e não tentamos esconder isso. Mas o fato é que, exatamente por isso ela (a banda) está até hoje e por isso continuará a ficar mais forte, porque todos nós tentamos melhorar uns aos outros.
Eric Bass: E falando sobre o ego - coisa é que todos nós temos um, mas não realmente um com o outro.
Zach Myers: Eu acho que nós temos muito mais orgulho do que ego.
Eric Bass: Temos visto o melhor e o pior de cada um.
Zach Myers: E ajudamos uns aos outros, ou derrubamos. Seja o que for necessário no momento.
Brent Smith: Nós trabalhamos juntos, comemos juntos, tocamos juntos. Temos um monte de diversão, mas também temos alguns assuntos pesados, sobre negócios em um nível de negócios que provavelmente levaria a maioria das pessoas à loucura. Mas, porque estamos fazendo isso por algum tempo, eu acho que é por isso que continuamos a ficar melhores com a idade. Eu não acho que estamos ficando mais velhos, estamos ficando melhores.
