Cryptic Rock: Entrevista com Brent Smith #1

Recentemente, o vocalista Brent Smith foi entrevistado pelo site Cryptic Rock e falou sobre como sente com os 10 anos de Shinedown, lançamentos e o que espera da turnê Carnival of Madness deste ano. Leia abaixo a primeira parte da conversa e continue ligado em nosso site para continuar lendo.
O Shinedown se distinguiu com uma força poderosa no rock moderno. Com sua extensa lista de músicas no top das paradas de rock, turnês extensas e por ter vendido mais de seis milhões de discos vendidos mundialmente. Resistindo há uma grande fase turbulenta com problemas pessoais, sua música transmite a mais absoluta sinceridade. Diante desses problemas, o vocalista e compositor Brent Smith e seus colegas de banda encontraram clareza e resolução. A cada noite, a banda sobe aos palcos e anima o público dentro de suas vidas pessoais através da música. Com quatro álbuns de estúdio durante a carreira, a banda já tomou a frente de inúmeras turnês e festivais de rock. Neste mês de Agosto a banda irá embarcar pela segunda vez no “Carnival of Madness”. Recentemente, sentamos com Brent Smith para uma conversa com um olhar sobre sua paixão por trás do Shinedown, o Carnival of Madness deste ano, realização de um sonho e muito mais.

Cryptic Rock: Shinedown passou por uma longa e interessante jornada durante os 13 últimos anos. A banda lançou quatro discos desde 2003, fez turnês extensas, foi a principal atração de diversos festivais de rock consagrados, atingiu um grande sucesso dentro do gênero Hard Rock e chegou ao Mainstream. Com tudo isso que foi dito, como você se sente sobre onde o Shinedown está agora 10 anos após o lançamento do álbum de estréia “Leave A Whisper”?
Brent Smith:  Eu teria que dizer que onde nós estamos agora é muito mais forte do que éramos há 10 anos. Nós nunca seremos uma banda que se dará por satisfeita, nunca seremos aquela banda que irá descansar sobre nossos louros. Creio que somos uma banda que sempre teve os olhos abertos e nossas bocas fechadas e nós realmente aprendemos muito com o passar dos anos. Nós tivemos alguns professores maravilhosos.
O fato é que ao menos que você saiba do que realmente você está falando na indústria da música e turnês, você não tem que abrir sua boca até que você saiba exatamente o que você quer transmitir. Nós temos quatro discos lançados, estamos prontos para lançar nosso 19º single. Sei que nós tivemos 10 singles consecutivos que ficaram em 1º lugar nas estações de rádio. Nós sempre vamos querer fazer mais do que já fizemos. Nós apreciamos o fato de que somos uma banda em constante evolução. Estamos sempre tentando ter certeza de que é sempre interessante para o nosso público. Nunca fomos uma daquelas bandas as quais as pessoas vão conseguir levantar seus polegares para nós, gostamos de manter as pessoas adivinhando.

Cryptic Rock: Sim e vocês continuam com algo interessante de álbum para álbum. Cada álbum possui suas qualidades únicas. Amaryllis foi lançado ano passado e atingiu um grande sucesso. O álbum mostra dimensões de progressão da banda com instrumentos de corda, buzinas e coros. Como foi o processo de composição?
Brent Smith: O processo de escrita foi todo tirado do ar. Fizemos a turnê do Sound of Madness por 31 meses na estrada e 447 shows. Não escrevemos nada exceto duas músicas. Escrevemos “Diamond Eyes” para o filme do Sylvester Stallone “Os mercenários” e fizemos uma música para o filme “Alice no País das Maravilhas” em um CD de músicas inspiradas pelo filme. Quando fomos escrever o Amaryllis não tínhamos nada. Todas as músicas foram correntes da consciência. Foi a primeira vez que trabalhamos juntos, eu, Barry junto com Eric Bass e Zach Myers coletivamente em um álbum. Eu tenho que dizer que não colocamos limites nas coisas, sabíamos que queríamos um álbum sonoramente épico. O álbum tinha que ser muito visual, tinha de ser épico, tinha de ser muito teatral. Nós sempre ouvimos as músicas depois que escrevemos antes de realmente gravar o álbum, pois nossas demos realmente soam como gravações para começar. Portanto, quando fazemos uma demo diversas vezes, a demo parece com uma música já pronta. Quando vamos gravar o álbum uma vez que as músicas foram escritas, nos sempre ouvimos ao playback com nossos olhos fechados. Estamos sempre visualizando como se fosse um pequeno filme para cada música. Elas tinham que ter um monte de picos e vales, tinham que ser muito coloridas e tinham que ser uma montanha-russa de emoções. Assim que começamos a nos preocupar com o processo de escrita, algumas músicas começaram com algum verso que eu tinha, talvez por alguma melodia que eu tinha feito com a boca no dia, ou algum som de piano ou guitarra que os caras tinham feito, talvez algum Loop do pro tools (programa de edição de áudio). Foi um álbum muito estressante de se fazer porque estávamos realmente exigindo muito um do outro. Foi também uma grande iluminação mútua para nós. Aprendemos muito sobre quem somos como uma banda no Amaryllis. Eu acho que é por isso que o disco soa tão poderoso e por isso é tão forte. Não impusemos nenhuma regra ou regulamentação uns aos outros. Emocionalmente, nos deixamos pairar nos ares e colocamos isso no álbum. Sempre dissemos a mesma coisa para muitas pessoas, escrevemos músicas porque é mais barato do que terapia. Nós nunca fomos uma banda que guardou algo dentro de nós. Nós sempre vamos nos colocar lá fora porque só podemos escrever sobre o que sabemos, o que passamos, situação que enfrentamos, as pessoas que conhecemos, os lugares que estivemos para continuar seguindo ao longo dos anos. Ao nos apresentarmos ao mundo, somos muito confiantes quando se trata de compor músicas e como nos apresentamos para o público.

Cryptic Rock: Absolutamente e isso com certeza se mostra através da música porque é sincero. Isso sempre leva a boa música quando é sempre sincero e vem do coração do artista. Você pode ouvir a emoção e a paixão esbanjada em cada um dos álbuns. Agora que vocês estão à frente do Carnival of Madness de novo este ano, assim como vocês fizeram na inauguração em 2010. O quão ansiosos vocês estão de estar de volta nessa turnê e o que está guardado para o COM deste ano?
Brent Smith: Antes de tudo, o COM será um carnaval pela primeira vez. Nós estamos trazendo seis artistas de circo, personagens de elite que estarão viajando conosco durante o COM. Vocês verão indivíduos diferentes em pernas-de-pau, teremos diversas fantasias, cuspidores de fogo e diversos palhaços animados. Não fizemos isso de uma forma que fossemos levar 20 pessoas diferentes, mas escolhemos artistas específicos. A única forma de descrevê-los é que eles têm diversas características diferentes e muitas peculiaridades. Eles são realmente únicos.  Eles serão um grande elemento que tornará o carnaval um carnaval de verdade. Quanto a nossa ansiedade, eu estou nas luas com isso. COM este ano é uma reinvenção da turnê assim como o nome da marca “Carnival of Madness”. Eu me sinto como se o primeiro ano fosse um sucesso e que tivemos um belo line-up. Acho que com o passar dos anos, eles deixaram algo faltar. Eu me sinto como se eu não soubesse se o processo de pensamento foi realmente afinado em todos os quesitos, mas claro eu não fiz parte do processo. A turnê foi criada por Bill Mcgathy nosso gerente, que é simplesmente uma mente brilhante. Ele é realmente um dos últimos verdadeiros pioneiros quando se trata de Rock and Roll, como um gerente e como um amigo. Ele é simplesmente o cara. Nós conversamos muito sobre isso ano passado.

Este ano teremos We As Human, Skillet, In This Moment, Papa Roach (e Sevendust que fará os três primeiros shows). A produção que estamos trazendo este ano será uma grande tentativa. Muito foi se pensado sobre isso, a forma a qual a produção foi montada, a forma que a turnê foi preparada para o público. É mais do que qualquer experiência a edição desse ano do COM. Nós simplesmente não queríamos fazer uma daquelas coisas onde temos três palcos e bandas múltiplas, tornando confuso e um dia exaustivo. Nós só queríamos colocar a nata da colheita no meio do palco principal. Nós queríamos fazer uma daquelas coisas que também não entediante ao longo do dia. Por isso estamos trazendo os artistas circenses para fazer da edição deste ano uma grande parte do que é um carnaval de verdade. Nós queríamos que fosse divertido para a família e para as crianças, pois sabemos que vai ter muitas crianças. O Carnival Of Madness provavelmente será o primeiro show de muitas crianças. Nós queríamos que os pais se sentissem a vontade ao deixar seus filhos irem ao evento, queremos que a família inteira fosse possível comparecer ao show também. Ainda é Rock’N’Roll e haverá caos e diversão controlados. Será algo onde sentimos que famílias inteiras possam se sentir a vontade em trazer todos os membros da família e será um evento que vai nos proporcionar uma experiência que nunca vivenciamos antes, será um tempo maravilhoso.
Traduzido por Juliano Rocha