Sioux City Journal: Entrevista com Barry Kerch











O Sioux City Journal realizou uma entrevista com o baterista Barry Kerch, o qual falou sobre a turnê e seus desafios, os fãs, álbuns da banda, sua vontade de tocar em lugares que a banda ainda não visitou como a América Central e Sul e mais.

Segue a tradução:
A vida de uma estrela do rock é muito parecido com o "Dia da Marmota", disse o baterista Barry Kerch da banda Shinedown. Cada dia parece com o anterior.

"É tão agitado, tão ocupado, você está apenas vendo o local", disse ele. "É uma rotina ... mas eu amo isso."

Aquela hora que você está no palco, Kerch acrescenta, vale a pena todos os aborrecimentos de viagens de negócios, dores de cabeça e batalhas artísticas. "Os fãs fazem quem você é ... e você é um sortudo se começar a fazer isso. Se eles querem que toque aquela música especial, tocarei até meus 50, 60, 70 anos".

Agora, mais do que nunca, disse Kerch, o Shinedown está pronto para o desafio. O vocalista Brent Smith ficou sóbrio, começou um regime de treino, perdeu mais de 30 quilos e voltou para a banda com energia renovada.

"Agora ele me motiva a trabalhar todos os dias", disse Kerch. "É um grande dia para o Shinedown."

Durante piores dias de Smith, Kerch disse "Não falaríamos um com o outro. Eu sou abençoado. Eu não tenho uma personalidade viciante. Mas quando você vê alguém se auto-destruindo, você não pode virar as costas para ele. Agora, ele está ótimo .... ele tem um bom coração. Ele é como meu irmão. "

Os dois estiveram na banda desde a sua criação. Outros vieram e se foram.

"Cada álbum que fizemos foi inspirado pelo o que nós passamos em nossas vidas", disse o baterista. "Os nossos sentimentos e emoções. Os fãs os transformam em suas próprias coisas e eles nos dizem o quanto eles capturaram pelo o que se passa em suas vidas".

O novo álbum, Amaryllis, reflete "a fase de transição que estávamos passando", disse Kerch.

O segundo álbum da banda, "Us and Them", "deixou um gosto ruim na boca", ele acrescentou. "Foi muito apressado. Nós não tivemos o nosso melhor pé em frente. Há muitas músicas que não iremos tocar."

O valores do Sul - ele nasceu em Jacksonville, na Flórida, graduou-se na University of South Florida - ajudou Kerch ficar humilde. "Nós crescemos com 'Sim, senhora', 'Sim, senhor'", ele disse. "Todos nós aprendemos que não era bom para ter uma cabeça grande."

Fãs de roqueiros clássicos, os membros do Shinedown sonharam ter longevidade semelhante. "Eu não sei se eu poderia voltar a trabalhar das 9 às 5", diz Kerch. "Ser capaz de ir para a estrada, tocar bateria e sustentar a minha família é um sonho tornado realidade".

Entrando no negócio aos 25 anos, ele disse, foi, provavelmente, uma bênção. Ele não pegou o estilo de vida que condenou outros músicos.

"Não é o que você pensa que é", ele fala sobre os negócios. "Você acha que vai virar um milionário instantaneamente e que vai estar em uma estrada fácil. Não é assim. É trabalho constante. Eu nunca vi um milhão de dólares. Eu vivo em uma casa modesta, mas quanto mais velho você fica, menos coisas você deseja. Eu apenas quero continuar tocando música."

Objetivos? Shinedown possui muitos. "Nós não alcançamos todos os lugares", disse Kerch. “Eu quero tocar no Madison Square Garden, Wembley. Eu quero ir para o Japão, América Central e do Sul. Nós sempre queremos fazer algo que pode vir a superar a nós mesmos.

Não importa que a indústria da música esteja em um estado de fluxo. A Adele, disse ele, dá esperança para todos. "Ela vendeu 10 milhões de discos e ela ainda está no top 50 depois de dois anos. Essa é a prova de que você pode fazer isso sem programar uma ‘música-chiclete’. Isso precisa apenas de um pouco de sorte e cronometagem."

As vendas de discos não são mais a chave para a fortuna das bandas. "Nós ganhamos nosso dinheiro com camisetas. É um negócio difícil", afirma Kerch. "As crianças não pensam que fazer downloads de uma músca é roubo. Mas é o mesmo que pegar um CD e colocar em seu bolso."

Uma vez que som, luzes, gasolina e salários são pagos, os lucros da turnê não são tão grandes assim. "No papel pode parecer que você fez um monte de dinheiro, mas há um difícil e caro mercado."

Sem se aterrorizar. "É engraçado ser um artista quando você está no estúdio criando ou quando você no palco" disse Kerch. "Aquela hora em que estamos no palco é quando eu estou ligado."

Barry Kerch parece muito legal quando ele está balançando seus dreads, mas, ele disse que tem que ter muito cuidado.

"Eu odeio a desagradável aparência dos dreads" disse ele. "Eu lavo (meu cabelo) normalmente, mas eu não uso condicionador. E você tem que passar um tempo trabalhando nas raízes".

Risco ocupacional? É quando eles se envolvem em torno de suas baquetas. "Eu não posso nem contar quantas vezes eu fui atingido no rosto."

Tendo os dreads por 11 anos, Kerch duvida que ele iria mudar seu estilo durante a noite. "Eles se tornaram a minha assinatura" disse ele. "Eu provavelmente não poderia cortar o meu cabelo agora."