Segue abaixo uma entrevista que o Post-Crescent realizou com baixista Eric Bass, os assuntos foram o sucesso dos álbuns The Sound of Madness e Amaryllis, os fãs, turnê e a mudança da banda em relação ao Brent e seu vício superado.
Tradução:
Minha entrevista com o baixista Eric Bass da Shinedown começou com uma honestidade engraçada.Tradução por: Juliana Pedrini
"Então, seu último nome é Bass ou Bass?" Eu perguntei.
"É Bass (rima com gas, não race)," Bass respondeu com uma risada. "Não sei se é o pior ou o melhor nome pra um baixista. Muita gente pensa que eu inventei isso, mas não sou tão inteligente assim."
Foi um momento de luz para um homem numa banda séria de rock. Para um ato corriqueiro, as letras da Shinedown - e a música - estão um pouco mais pesadas que o típico hit Top 40, mas a banda achou seu nicho no que parece ser um mercado do rock esforçado. Atravessando com o álbum platina "The Sound of Madness" de 2008, a banda teve sucesso com muitos singles, incluindo "If You Only Knew" e o platina dupla "Second Chance", construindo-se como os mais proeminentes do rock moderno.
Uma grande parte do sucesso da banda é o desejo deles de fazer shows. A banda fez mais de 500 shows em dois anos e meio para a turnê de "The Sound of Madness" e a turnê de "Amaryllis" está tomando forma para ser mais extensa.
"Não temos medo de trabalhar, cara," Bass disse. "Iremos em turnê até as rodas caírem."
Bass também disse que "The Sound of Madness" permitiu que a banda entrasse no mercado internacional, como Alemanha, Reino Unido e Itália, enquanto "Amaryllis" é esperado pra ir mais longe à Europa Oriental, Ásia, América do Sul, África do Sul e mais. Contudo, antes da banda tentar aumentar sua base de fãs mundial, eles terão que passar pelo Rock USA no Ford Festival Park em Oshkosh.
O segundo festival de hard rock anual hospera 18 bandas por três dias, incluindo Shinedown essa noite, Motley Crue na sexta e Kid Rock no sábado.
Opostamente a um punhado de missões, Shinedown traz consigo seu som "corta limites", permanecendo na fundação de "The Sound of Madness", enquanto investindo em "Amaryllis", que debutou no número 4 na Billboard 200 em abril.
Em um tempo em que o rock parece estar comumente deixado de lado, Shinedown está girando as rodas na direção certa. P-C: Shinedown teve quatro músicas de "The Sound of Madness" que se projetaram na Billboard Hot 100. A banda sente que tem que ultrapassar esse sucesso com o novo álbum?
Bass: Eu acho que essa era a pergunta quando começamos a escrever. A sombra de "The Sound of Madness" estava sobre nós enquanto estávamos nos preparando para escrever o que seria "Amaryllis". Você tem um pouco de dúvida pessoal, uma dúvida saudável, no seu cérebro, tipo "Ah cara, nós temos que fazer isso." Mas quando começamos a escrever as músicas, é tipo "OK, acho que fizemos. Estamos no caminho. Ficaremos bem." A sombra de "The Sound of Madness" se desfez no plano de fundo e nos concentramos em fazer do Amaryllis o melhor que ele pudesse ser e não nos preocupamos com nada mais. Uma vez passada essa parte do processo, é tudo o que podemos fazer como artistas. Nesse ponto você publica a música e espera que as pessoas vejam como você vê.
P-C: "I'm Alive" está na trilha sonora de Avengers Assemble, mas não aparece em nenhum álbum da banda. A música foi feita exclusivamente para essa trilha sonora?
Bass: Essa música foi escrita durante o processo para Amaryllis. Na verdade, foi uma das músicas que não fez o corte para o álbum, mas quando pediram uma música para a trilha sonora, fizemos a demo e eles adoraram. Então voltamos para o meu estúdio em Charleston para finalizar, eu mixei e terminamos.
P-C: Além de escrever álbuns, Shinedown também sai em turnê continuamente. Você gosta de ficar nas turnês tanto tempo assim?
Bass: Eu gosto. Desde que tenhamos pausas, e uma pausa para nós é uma semana... Minha esposa e eu, desde que possamos nos ver, me mantém feliz. Ela vem pra estrada ou eu dou um jeito de vê-la. Nós tentamos não passar três, quatro semanas no máximo sem nos ver e isso torna as coisas toleráveis, mas acima de tudo, somos uma banda e nos amamos. Vamos no mesmo ônibus juntos. Comemos juntos. Saímos juntos. Saímos com nosso grupo e nosso grupo é nossa família, então é essa atmosfera que faz as coisas irem bem. O que realmente ajuda também é que agora está todo mundo sóbrio. Ninguém é alcoólatra. Ninguém é viciado em drogas agora. É muito melhor quando as coisas estão assim.
P-C: O representante da banda, Brent Smith, está sendo muito aberto sobre ter um hábito que lhe tirava 2500 dólares por semana devido às drogas que acabou alguns anos atrás. Como a banda mudou e como Brent mudou após ficar sóbrio?
Bass: Mesmo quando ele parou com as drogas, ele batalhou com o álcool por todo caminho da turnê de The Sound of Madness e quando começamos a escrever Amaryllis, ele virou uma esquina. Agora, com ele 1000 por cento sóbrio, o que é incrível, ele é um cara diferente. Ele é saudável. Ele perdeu quase 32 quilos... Quando ele se sente bem, nós nos sentimos bem e é muito bom ver seu irmão com saúde e se sentindo bem. É isso. É como se um peso tivesse sido tirado quando você não tem uma preocupação extra todo dia. Não por você, nem pela banda, mas por ele como pessoa. O foco que ele tem agora é muito intenso, então é uma coisa maravilhosa. Ao mesmo tempo, faz a relação da banda ser mais próxima.