Entrevista com Barry Kerch











Faltando poucos dias para o lançamento de Amaryllis, o site australiano "May The Rock Be With You" entrevistou o baterista, Barry Kerch no qual falou sobre o novo álbum, produtor Rob Cavallo, singles, turnê e até chegou a citar o Brasil como um dos lugares que gostaria de tocar.

Segue abaixo a tradução:


"Isto realmente se encaixa com o que somos e onde estamos agora, por causa do significado do nome do Shinedown, às vezes você está pra cima, às vezes está pra baixo, é um tipo de renascimento do Shinedown, este álbum, e é um tipo de encaixe no meio que estamos agora."
Uma das maiores bandas de rock no momento é o Shinedown, depois de seu lançamento de 2008 "The Sound Of Madness" que trouxe os hits 'Second Chance', 'Devour', Sound of Madness' e mais que os levaram além da estratosfera, eles viajaram em turnê durante três anos seguidos nele (S.O.M.) e alcançaram a força internacional que precisavam, especialmente depois dos primeiros álbuns (Leave a Whisper e Us and Them), que foram bem recebidos nos Estados Unidos. Agora eles voltaram com o novo álbum Amaryllis, lançando em 27 de março e isso é bom, muito bom.
Em Nashville, tendo terminado sua parte nas baterias e se preparando para pegar a estrada para Los Angeles para começar os ensaios para sua nova turnê, nós tivemos a chance de falar com o baterista do Shinedown, Barry Kerch, tudo sobre seu novo álbum Amaryllis, planos de turnê, e os mitos diante dessa banda f***!

"Nós fomos sortudos o bastante em ouvir o álbum e queremos parabenizá-los, é um absoluto estouro, estão ansiosos em mostrá-lo ao mundo?"
Absolutamente, nos arrepiamos, trabalhamos duro nesse álbum e foi um tempo longo depois de realizarmos outro disco, então estamos ansiosos para sair e compartilhar estas músicas com todo mundo.

"OK. Tenho que perguntar, você pode nos contar sobre o título? Qual o significado por trás de Amaryllis?"
Amaryllis é uma flor. Há uma variedade muito grande, mas a especifica sobre a que falamos é sobre uma que nasce na África do Sul e ela cresce no deserto, e o que é legal sobre ela é que vem do nada, você realmente se impressiona com essa bela flor e o contraste de onde ela cresce, no meio do deserto! Isto realmente se encaixa com o que somos e onde estamos agora, por causa do significado do nome do Shinedown, às vezes você está pra cima, às vezes está pra baixo, é um tipo de renascimento do Shinedown, este álbum, e é um tipo de encaixe no meio que estamos agora.

"Agora fazem quatro anos desde o lançamento de "The Sound of Madness", por que levaram tanto tempo para nos dar um novo álbum?"
Porque somos lentos haha, sabe, nossas turnês são muito extensas e a turnê de "The Sound of Madness" durou três anos, nós realmente não escrevemos músicas na estrada porque estamos focados, nos shows ao vivo e em seus aspectos e fazemos com que a criatividade de escrever desapareça. Então, quando finalmente temos tempo livre, escrevemos, gravamos, é como fazemos as coisas, e infelizmente toma muito tempo, mas sempre voltamos com algo que achamos muito forte e acho que vale a pena a demora.

"Canções , qual a comparação com os primeiros discos?"
Não necessariamente tão diferente, mas foi ótimo ter Eric e Zach no processo de escrita delas, quais não tivemos antes, foi um tipo de de diversão e revigoramento para mim e Brent ter sangue novo no processo de criação, então foi ótimo. Tudo tipicamente começa com um acústico de violão e voz e parte daí, depois uma demo total no computador com bateria programada e algumas guitarras e camadas de vocais e decidimos o que gostamos na música ou não e depois passamos para o outro. Escrevemos aproximadamente 33 canções para este disco e tendo isso, bem, acho que é hora de ir pra estúdio e pegar nossas 17 favoritas dessa e 12 fazem o disco.

"Vocês mais uma vez trabalharam com Rob Cavallo neste álbum como produtor, o que ele traz para a banda que vocês amam?"
Ele é realmente maravilhosamente esperto, quando isso vem com arranjos pegando o melhor das performances de todos, e incrementando aquelas pequenas coisas que o faz soar como ele faz. Ele pega um grande som entre ele e sua equipe, Doug McKean, o engenheiro, e todos, ele traz algo especial e muito legal. Sound of Madness foi um álbum bem sucedido para nós e pensamos "por que não usá-lo novamente?" Vamos usá-lo no próximo álbum? Quem sabe? Talvez tentaremos algo diferente apenas para dizer que o fizemos, mas para este álbum, eu acho que foi muito importante para nós deixar as coisas como estavam pelo sucesso que foi "S.O.M" e como foi grandioso o disco todo soar sonicamente, queríamos aquele tipo de som novamente.

 "Bem, nós vamos esperar até 2016 para o próximo (álbum), né?"
hahaha é, vamos ver...

"Então fizeram algo de diferente nesse álbum comparado aos outros?"
Fizemos. Trouxemos mais sintetizados, tivemos uma grande orquestra, 36 pedaços de orquestra, acredito que foi isso e nós também fizemos uma seção de trompete em "I'm not Alright", coisas que eu nunca tinha feito antes, tipo de uma vibe ‘Sgt Pepper’s…’ e pensamos que poderia ser legal, então tentamos e funcionou. Outra coisa é a banda de rock, suas guitarras, baterias, vocais, baixos, que é o que somos e que fomos conhecidos.

A canção "Bully" é uma uma música muito poderosa, como é o video. Qual a inspiração sobre ela?
Foi uma das primeiras que escrevemos para o álbum, além de ser um tópico quente, ao menos aqui nos EUA e acho que em todo lugar, mas também acontece desde o começo dos tempos, pessoas são intimidadas, humanos intimidam, isto quase da natureza humana, Acho que é algo que quase todo mundo é afetado de um jeito ou de outro, quando você é o 'bully', você já foi intimidado ou viu alguém ser e isso é relatado pras pessoas, e foi algo que sentimos que deveria ser falado no tempo. Quando foi transformado em vídeo pensamos em como faríamos isso ser impactante? Realmente atiçamos algumas pessoas e tentamos fazer e acho que funcionou. Mas é uma canção de relato, não importa se está sendo intimidado na escola ou no trabalho, você tem que dizer "Não, é o bastante. Estou cansado disto." e vivemos isso em nossas próprias vidas, digo, enfrentamos isso, somos um grupo de pequenos músicos vencedores. A este respeito, somos pessoas muito emotivas, acho que artistas são pessoas emotivas e às vezes são empurradas para espaços em nossos psicológicos que é quando eramos intimidados quando crianças, ou ser o perdedor ou o diferente, ao menos todos nós e eu sei que ao menos nesta banda somos fora dos padrões de um jeito ou de outro.

"Você poderia nos falar sobre a arte do álbum e o conceito por trás disso?"
Inicialmente começou quando estávamos olhando para os mandalas e achamos que eles eram legais e um design interessante e a história por trás dos mandalas, nós queríamos algo tipo aquilo, e fomos até o cara que fez a arte, Dave, e dissemos 'olhe, queremos uma coisa tipo um mandala, e também queremos que escute as músicas e queremos imaginar no álbum algo que relate todas as músicas', e foi o que ele trouxe de volta e foi maravilhoso, nós fomos longe. Fizemos uns estilhaços de espelho mas foi muito impactante, queríamos um álbum que você pudesse ouvir e olhar para a arte dele como fazíamos quando éramos crianças e encontrássemos algo e ficar tipo " Oh nossa, é daqui que vem isso, daquela musica' e coisas assim. Queremos que as pessoas realmente passem o tempo com o disco, nós não escrevemos uma música e depois fazemos com as outras sejam fragmentos dela, escrevemos um disco de frente até verso que esperamos que ouça de frente à verso.

"Sobre a turnê, quais os planos, vocês passarão um bom tempo na estrada?"
Bem, este ano está bem corrido, já passamos pela Europa, estamos nos preparando para os EUA, em junho temos festivais na Europa novamente, faremos mais alguns shows por lá também, voltaremos para uma provável turnê de verão nos EUA e depois não temos muita ideia do que teremos pro outono. Temos que voltar pra vocês (Austrália), e gostaríamos de ir pra América do Sul e Central, Ásia também, bom, teremos muito trabalho, com certeza.

 "Tenho que perguntar, há planos para trazer Shinedown de novo pra Austrália?"
Nada foi discutido, mas certamente voltaremos, nós temos que voltar! Tivemos um bom tempo lá e estivemos apenas uma vez, então precisamos fazer uma oferta de voltar e eu acho que dessa vez estaremos disponíveis pra ir pra Nova Zelândia e depois subir até a Asia que ainda não estivemos. Há muitos planos pra isso, há conversas sobre isso, mas quando vai acontecer, eu não sei ainda.

  "A última vez que estiveram aqui, há lembranças desta viagem?"
Sim, tenho algumas; acho que era nossa primeira vez na Austrália, o que me impressionou é que é muito parecida com a Flórida, me lembrei de casa. Foi um bom tempo e foi diferente porque não era todo dia que voávamos pra outra cidade, nós geralmente íamos de ônibus e coisas assim e Sydney foi especial, tivemos três dias de folga, quero dizer, antes de fazer os shows nós realmente íamos ver a cidade, andar e fazer coisas de turistas, fomos a bons bares e encontramos pessoas que tivemos bons momentos. Tenho boas lembranças disso e temos uma coisa na banda, não importa se são 10 ou 10 mil pra quem você toca no mesmo show, de fato, eu, Eric e Zach temos tatuagens diferentes em cada um de nós que diz "Ten or Ten Thousand" (Dez ou Dez mil) porque é algo que realmente acreditamos, estamos no negócio do entretenimento e temos que ir e entreter as pessoas lá e entreter pessoas que pagam bem por um show de rock e não é fácil isso atualmente, então é bom que dê 110% para elas o tempo todo. Não vejo a hora de voltar e fazer isso novamente, e tocar em mais lugares pra mais gente. Eu gostaria mais de uma turnê num clube da Austrália, mais que estar em festivais, os festivais são uma coisa, você fica ao lado do palco, há cabos em toda parte e tudo é uma bagunça, então você não pode dar o seu melhor mesmo que realmente tente e é difícil pra todas as bandas. Então é melhor fazer sua própria turnê onde você tem um pouco mais de tempo, uma checagem de som, e as pessoas dão realmente todo seu tempo no show do Shinedown.

 "Você mencionou a Nova Zelândia antes como um lugar que nunca esteve, há mais lugares que gostaria de tocar?"
Oh, há vários. Japão, China, Rússia, Itália, estivemos em Milão uma vez, América do Sul e Central, Brasil, nunca estivemos em nenhuma dessas áreas, há provavelmente mais lugares que posso contar que nunca fomos que eu quero ir e que eu nunca mais quero voltar novamente haha. Realmente queremos ver o mundo, não há nada nessa carreira melhor que ver o mundo, amamos viajar e amamos fazer novos fãs.

 "O que amamos na banda e isso está evidenciado no seu dvd 'Somewhere in the Stratosphere' é que as músicas podem ser tocadas acusticamente e ainda assim a paixão nelas lembra as duas liricas e performance. Como você diferencia as performances acústicas comparadas às elétricas?"
Você toca da mesma forma em alguns aspectos porque continuam musicas, mas muitas do Shinedown são feitas em um violão primeiro pra começar, é por isso que ficam tão bem e eu gosto muito dos shows acústicos, especialmente o que fizemos pro "Somewhere in the Stratosphere" porque mostra a voz de Brent, de verdade, porque às vezes ela se perde nas guitarras pesadas e baterias altas, num show tipico de rock você pode perder a essência da voz dele e você a tem num show acústico, mas um show acústico também te dá um tempo pra fazer um 'contador de histórias' e te dar chance de falar de onde as músicas vieram e sentar como um artista e tocar como um baterista ao invés de tentar me bater todos os dias haha você realmente pode deitar e aproveitar a música numa luz diferente, de um jeito diferente.

 "Você acha que a música 'Second Chance' foi de fato sua 'segunda chance' em elevar a banda aos olhos do publico?"
Sim e não. Acho que nossa maior canção pra namorar, mas acho que "Sound of Madness" foi nossa segunda chance. 'Us and Them' não foi como esperávamos, não estávamos felizes com aquele disco e a banda estava num lugar horrível, não estávamos bem por um tempo, mudando bastante de linha e tudo mais, mais os vícios de Brent, isso foi um tempo muito ruim para nós. Vir com o "The Sound of Madness", foi o renascer da banda, e 'Second Chance" foi uma boa, mas não maior parte disso.

 "Apesar que foi a música que introduziu vocês à Austrália, eu acredito..."Sim, com certeza, nos introduziu em vários lugares que nunca estivemos antes, mas também temos dois discos antes do SOM e tiveram também os hits desses dois discos que nunca deixamos pra trás, mas o 'Sound of Madness' definitivamente nos levou pra outro nível.

 "Por último, como o novo álbum ainda não foi lançado, você poderia nos dar uma mini review sobre ele e dividir isso com os fãs?"
Ele é f***. haha é uma jornada para o ouvinte, alguém que quer realmente escutar um bom rock do começo ao fim e são todas histórias verdadeiras, são nossas histórias de quem somos desde que nos vimos, então é algo que você deveria se jogar na poltrona com fones de ouvido ou sentar em frente suas caixas de som favoritas, beber uma gelada, sentar de novo e aproveitar. Não é uma música de fundo, é música pra você ESCUTAR.